Diferente de um sintoma de ansiedade ou do desejo por um alimento específico, a compulsão alimentar, ou TCAP (transtorno de compulsão alimentar periódica) é uma disfunção química cerebral que altera a noção de fome e saciedade.
É caracterizada por episódios que podem durar de 20 minutos a duas horas, onde a pessoa come uma quantidade muito maior do que o normal para ela.
As causas
As causas podem ser de ordem genética e sociocultural e até mesmo vulnerabilidades biológicas e psicológicas. Na maioria dos casos, a pessoa tem predisposição para desordens alimentares e, por fatores externos, o transtorno se manifesta.
Geralmente, a compulsão surge de uma necessidade incontrolável de comer para compensar algum conflito emocional.
Quais são os sintomas mais comuns?
Enquanto uma pessoa come em média 2.000 calorias, o paciente de TCAP pode ingerir mais de 5.000 calorias em apenas uma refeição.
Em resumo, a pessoa com o transtorno:
• Perde o controle durante as refeições;
• Come rápido e pode engolir pedaços inteiros de alimento;
• Tem crises ao menos duas vezes por semana;
• Depois da crise, sente arrependimento ou culpa;
• Guarda ou esconde alimentos;
• Evita eventos sociais que tenham comida;
Como é feito o diagnóstico?
A etapa mais importante para o diagnóstico é admitir que há um problema. Como o transtorno gera o sentimento de culpa e vergonha, o paciente não entende que tem um distúrbio alimentar. Então, insiste na ideia de que precisa apenas de dieta.
A maioria dos pacientes buscam, inicialmente, a ajuda de um endocrinologista ou nutricionista para fazer emagrecer. Após o diagnóstico, o paciente é encaminhado para psicólogos e psiquiatras. Os profissionais aptos para identificar TCAP são os nutricionistas, nutrólogos, psicólogos, psiquiatras e endocrinologistas.
Afinal, como acabar com o monstro da fome?
Como as causas são diversas, o tratamento também é multidisciplinar. É necessário ter acompanhamento psicológico e nutricional e, em alguns casos, usar medicamentos.
Não existe um tempo determinado para o tratamento, mas os especialistas sugerem que seja feito durante alguns anos ou a vida toda. Transtornos se estabilizam, mas não necessariamente são curados.
A terapia com medicamentos é indicada para períodos mais curtos. A tendência é diminuir o uso de remédios e inibidores de apetite de acordo com a evolução do paciente.
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