Resposta imunológica ao coronavírus pode ter influência do tipo sanguíneo

Ainda não se sabe qual a causa absoluta que dita a intensidade dos efeitos da COVID-19 nas pessoas e, para somar, recentemente mais um possível fator apareceu, que é o tipo sanguíneo do paciente.
Depois de 5 meses da pandemia no Brasil, é possível notar como o vírus age nas pessoas que o portam. Porém não há um padrão, visto que ele pode causar sérios danos a algumas pessoas, e pode ser completamente assintomático em outras.
Até o momento não foi descoberto o que causa essa discrepância entre esses casos, apenas se sabe que fatores como idade avançada e doenças crônicas são condições de risco.
O estudo
Após estudos, uma nova teoria é adicionada aos cenário atual sobre o coronavírus. Uma pesquisa publicada pelo jornal The New Englad Journal of Medicine, aponta que o tipo sanguíneo pode ser fator de relevância na resposta dos anticorpos contra a covid-19.
Um grupo de estudo alemão e norueguês analisou o sistema ABO e sua influência em pacientes com quadros graves de coronavírus. Neste estudo foram analisados 1980 pessoas.
O estudo apontou que as pessoas de tipo A tem maiores chances de desenvolver um quadro mais crítico da doença. Inclusive foi revelado que o número de pessoas infectadas com coronavírus e que possuem sangue A, é duas vezes maior comparado aos infectados e com sangue tipo O.
Isso se deve porque o tipo de sangue A possui proteínas de tipo A, e tipo de sangue O não possui proteína alguma. Além disso, o tipo sanguíneo também contém anticorpos no sangue.
Em suma, a diferença dos dois tipos de sangue, é que o sangue O tem o anticorpo anti-A, e o sangue tipo A não dispõe desse anticorpo.
Conclusão
Por ser um dos primeiros estudos específico relacionando o tipo de sangue ao vírus, ele não possui um dado certeiro. Isso também não quer dizer que uma pessoa de tipo A irá contrair um caso agravado da COVID-19, muito menos que uma pessoa de sangue O está garantida contra o vírus.
Os cientistas também frisam que é necessário mais pesquisas e com maior número de pessoas. Porém, até o dado momento, os resultados são embasados e apresentam sim conexão entre o estudo e a doença.